Olá, tudo bem contigo? Espero que sim.
Iremos neste estudo, descobrir qual é o verdadeiro dia do Senhor.

Você já fez as seguintes perguntas:
1. porque na bíblia fala sobre o sábado, como o dia do Senhor, mas a maioria dos cristãos protestantes e a igreja Católica, observam o domingo?
2. Existe algum respaldo bíblico, que diga que o dia do Senhor, mudou de sábado para domingo?
Estas e outras serão estudo neste artigo, que será dividido em 7 partes.

Bom, chega de conversa e vamos ao que interessa. Bons estudos e que o Espirito Santo de Deus te ilumine.

No vasto panorama da fé cristã, uma questão persiste: qual é o verdadeiro dia do Senhor? O sábado bíblico, enraizado nos Dez Mandamentos, ou o domingo, primeiro dia da semana? E por que o domingo se tornou o dia de culto predominante, apesar de não haver respaldo direto na Bíblia?

Ao mergulhar nas Escrituras, somos confrontados com a solene declaração: “Lembra-te do dia de sábado, para o santificar…” Mas como essa observância foi interpretada e praticada ao longo dos séculos? Como podemos reconciliar a continuidade do sábado no Novo Testamento com a mudança gradual para o domingo como dia de culto?

Bem, poderia ficar aqui, conjecturando muitas perguntas. Mas vamos a Bíblia e ver como ela desdobra para nós? Então, vamos juntos estudar.

O sábado da Bíblia, enraizado nos Dez Mandamentos, emerge como um ponto focal incontestável.
Êxodo 20:8-11, um dos versículos fundacionais, declara: “8- Lembra-te do dia de sábado, para o santificar. 9- Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra. 10- Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas. 11- Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o Senhor o dia de sábado, e o santificou.”

Alguns dizem que esse mandamento do sábado foi dado para o Judeus. Pois bem, o povo hebreu, que foi retirado do Egito, por ocasião da liderança de Moisés, eram considerados israelitas – veremos isso mais adiante – e enquanto caminhavam no deserto, antes mesmo de receberem a lei, em forma de duas tábuas de pedra, foram provados a guardarem o sábado, como se lê na bíblia, principalmente em relação a queda do maná. Essa história se encontra em Êxodo 16. Espero que leia, pois é importante, para entender o contexto.

Em particular, irei citar Êxodo 16: 4-5 e Êxodo 16:23-30. Vejamos:

“4- Então disse o Senhor a Moisés: Eis que vos farei chover pão do céu; e sairá o povo e colherá diariamente a porção para cada dia, para que eu o prove se anda em minha lei ou não. 5- Mas ao sexto dia prepararão o que colherem; e será o dobro do que colhem cada dia.”

Veja que o versículo faz referência que no sexto dia, iriam colher em dobro. Mas por quê? Vejamos a resposta nos versículos de 23 a 30.

“23– E ele lhes disse: Isto é o que o Senhor tem dito: Amanhã é repouso, sábado santo ao Senhor; o que quiserdes assar ao forno, assai-o, e o que quiserdes cozer em água, cozei-o em água; e tudo o que sobejar, ponde-o de lado para vós, guardando-o para amanhã. 24– Guardaram-no, pois, até o dia seguinte, como Moisés tinha ordenado; e não cheirou mal, nem houve nele bicho algum. 25– Então disse Moisés: Comei-o hoje, porquanto hoje é o sábado do Senhor; hoje não o achareis no campo. 26– Seis dias o colhereis, mas o sétimo dia é o sábado; nele não haverá. 27– Mas aconteceu ao sétimo dia que saíram alguns do povo para colher, e não o acharam. 28– Então disse o Senhor a Moisés: Até quando recusareis guardar os meus mandamentos e as minhas leis? 29– Vede, visto que o Senhor vos deu o sábado, por isso ele no sexto dia vos dá pão para dois dias; fique cada um no seu lugar, não saia ninguém do seu lugar no sétimo dia. 30– Assim repousou o povo no sétimo dia.”

Examinando esses versículos, logo no 23, vemos a palavra do Senhor, dizendo: Isto é o que o Senhor tem dito: Amanhã é repouso, sábado santo ao Senhor.

Se você leu todo o capítulo 16, deve ter lido, que alguns pegavam maná a mais, durante a semana, mas no dia seguinte estava bichado e fedia mal, mas na sexta feira, quando pegavam em dobro, de acordo com o mando do Senhor, o maná não cheirava mal e nem criava bicho. E nos versículos seguintes ao 23, encontramos o relato de que alguns, teimosos, insistiram em buscar o maná no sétimo dia, o sábado do Senhor, e não encontravam o maná, tanto que Deus perguntou a Moisés, como relata no versículo 28: “Então disse o Senhor a Moisés: Até quando recusareis guardar os meus mandamentos e as minhas leis?”

Então faço a seguinte pergunta: que lei e mandamentos eram esses, que Deus citou a Moisés, sendo que os Dez Mandamentos, aparentemente, ainda não haviam sido dados, como se vê no Monte Sinai, em Êxodo 20? E que sábado era esse que eles guardavam? 

Antes de respondermos a essas perguntas, vamos voltar um pouco a história, antes do povo ser retirado do Egito, e vermos o relato, quando da criação.

“2- Ora, havendo Deus completado no dia sétimo a obra que tinha feito, descansou nesse dia de toda a obra que fizera. 3- Abençoou Deus o sétimo dia, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra que criara e fizera.”

Qual seria o real significado das palavras abençoar e santificar, no texto, que lemos acima? Vejamos:

1. Separar para um Propósito Sagrado
   A palavra “santificar” vem do hebraico “קָדַשׁ” (qadash), que significa “tornar sagrado”, “consagrar” ou “separar para um uso santo”. No contexto de Gênesis 2:3, Deus separou o sétimo dia dos outros dias da criação. Este ato de separação é um reconhecimento de que este dia é especial e distinto.
2. Tornar Santo
   Santificar também implica em tornar algo santo, ou imbuir algo com santidade. Quando Deus santificou o sétimo dia, Ele o tornou um dia santo, um dia que é intrinsecamente ligado à Sua própria santidade. Isso significa que o sétimo dia não é apenas diferente, mas também está imbuído de uma qualidade sagrada por causa da presença e ação de Deus.
3. Designar para Descanso e Adoração
   No contexto específico de Gênesis 2:2-3, a santificação do sétimo dia está intimamente ligada ao descanso de Deus, após a obra da criação. Este descanso não é porque Deus estava cansado, mas simboliza a conclusão e a perfeição de Sua obra criativa. Assim, o dia é santificado como um tempo de cessação de trabalho e reflexão sobre a obra criativa de Deus, servindo como um modelo para o descanso humano e adoração.

Modelo para a Humanidade: A santificação do sétimo dia por Deus serve como um modelo para os seres humanos seguirem, destacando a importância do descanso e da dedicação de tempo para reflexão e adoração.

Ciclo de Trabalho e Descanso: Estabelece um padrão de seis dias de trabalho seguidos por um dia de descanso, um ciclo que foi posteriormente incorporado, registrado nas duas tábuas da lei, dados à Moisés e observada pelos judeus.

Sinal da Aliança: Posteriormente, no contexto do Êxodo, o sábado se torna um sinal da aliança entre Deus e o povo de Israel, reforçando a ideia de que o descanso e a santidade estão intrinsecamente ligados à identidade e à relação com Deus.