Você já parou para pensar sobre a vida após a morte? Quem será o nosso companheiro ou companheira no céu? E sobre a natureza de Deus?

Essas perguntas podem ter passado pela sua mente, especialmente quando pensamos em relacionamentos e o que nos aguarda no futuro eterno. No Evangelho de Marcos, capítulo 12, Jesus é confrontado com uma questão intrigante sobre o casamento e a ressurreição, envolvendo uma mulher que teve sete maridos. O que podemos aprender com essa passagem? Qual é o verdadeiro ensinamento de Jesus?

Para entendermos a história, é preciso voltarmos ao contexto.

Jesus estava sendo constantemente desafiado pelos fariseus e saduceus, líderes religiosos da época, que buscavam encontrá-Lo em alguma falha. Dessa vez, eles enviaram um grupo de saduceus para tentar embaraçá-Lo com uma pergunta sobre a ressurreição, um tema que causava grande controvérsia.

No contexto de Marcos 12:13-27, os saduceus — um grupo que não acreditava na ressurreição dos mortos (Marcos 12:18) — tentam colocar Jesus em uma situação difícil com uma pergunta capciosa. Os saduceus apresentaram a Jesus um caso hipotético: uma mulher que se casou com sete irmãos, um após o outro. Segundo a lei do levirato (Deuteronômio 25:5-6), cada um deles tinha o dever de gerar um filho para perpetuar o nome da família. A pergunta deles para Jesus é: “Na ressurreição, de qual deles ela será esposa?” (Marcos 12:23).

Jesus, conhecendo as intenções deles, responde de forma brilhante, corrigindo sua compreensão tanto sobre o poder de Deus quanto sobre as Escrituras. Ele declara que na ressurreição, “quando ressuscitarem dos mortos, nem se casarão, nem se darão em casamento, mas serão como os anjos nos céus” (Marcos 12:25).

Com essa afirmação, Jesus não está dizendo que os relacionamentos não terão valor no céu, mas que as relações humanas, incluindo o casamento, serão transformadas. A vida no céu é de uma natureza completamente diferente da que conhecemos na Terra.

Além de responder à pergunta sobre o casamento, Jesus aborda a incredulidade dos saduceus em relação à ressurreição. Ele faz referência a Moisés e ao episódio da sarça ardente, onde Deus se apresenta como “o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó” (Marcos 12:26; Êxodo 3:6). Jesus então afirma: “Ora, Ele não é Deus de mortos, mas de vivos. Vocês estão muito enganados!” (Marcos 12:27). Isso prova que, para Deus, aqueles que morreram em Sua aliança continuam vivos, pois a vida eterna é garantida por Ele.

Ao questionar Jesus sobre a ressurreição e a identidade da mulher após a morte, os saduceus revelaram sua falta de fé nas Escrituras e em Deus. Eles limitavam a Deus ao mundo material e temporal, ignorando a dimensão espiritual da existência humana.

A resposta de Jesus não só desafiou os saduceus, mas também nos ensina verdades profundas sobre a vida após a morte e a ressurreição. Primeiro, nos lembra que os nossos conceitos terrenos, como o casamento, são temporários e que a vida no céu será infinitamente maior do que podemos imaginar. Além disso, reafirma que a ressurreição é uma realidade fundamental da nossa fé — Deus é o Deus dos vivos, e em Cristo, temos a promessa de uma nova vida além da morte (João 11:25-26).

• A Vida Eterna é uma Realidade: A ressurreição é uma promessa de Deus para aqueles que creem em Jesus.
• Deus Transcende a Morte: A morte não tem o poder final sobre nós, pois Deus é o Deus dos vivos.
• A Fé na Escritura é Essencial: A Bíblia é a Palavra de Deus e contém todas as verdades necessárias para a nossa salvação.

A história da mulher e dos sete maridos foi usada como uma tentativa de zombar da ressurreição, mas Jesus transforma a pergunta em uma lição sobre a vida eterna. O mais importante não é com quem estaremos no céu, mas sim estar com Deus, aquele que nos promete vida eterna. Como Jesus ensinou, a eternidade transcende nossas limitações terrenas e nos convida a confiar no poder e na promessa de Deus.

Então, a verdadeira pergunta é: Estamos prontos para a vida eterna que Deus nos oferece?