📖 “Meu Pai, se é possível, que passe de Mim este cálice! Contudo, não seja como Eu quero, e sim como Tu queres” (Mateus 26:39)

💔 A dor da submissão
No versículo de hoje, a nobre submissão de Cristo dialoga com Sua angústia. É como se Ele implorasse para não morrer.
Na versão de Marcos 14:33, é mencionado que Jesus “começou a sentir-Se tomado de pavor e de angústia”.
Esse “pavor” no original grego é descrito por um termo que significa “ficar surpreso ou aterrorizado, alarmado ou completamente apavorado”.
Já a “angústia” foi expressa por outro termo ainda mais forte, que tem como raiz a palavra adēmoneō, significando literalmente “não estar em casa”, isto é, ficar fora de si.

😢 O peso da tristeza
Ao dizer que Sua alma estava “profundamente triste até a morte” (Mateus 26:38), Jesus mostra, sem nenhum exagero, o pavor diante da cruz.
Tanto que o fato de suar sangue é algo comprovado pela Medicina. Trata-se da hematidrose, uma condição rara em que o indivíduo, sob altíssimo nível de estresse, começa a transpirar sangue.

⚖️ A aparente contradição
O quadro que gera simpatia pelo Mestre no coração do crente seria, aos olhos de um cético, considerado uma contradição e covardia.
Contradição, pois contraria as 365 vezes que a Bíblia diz “não tema”.
Jesus mesmo disse a Seus discípulos que não temessem os que matam o corpo, mas não podem tirar de nós a vida eterna (Mateus 10:28).
Como Ele poderia temer agora?

A suposta covardia fica por conta de 2 Timóteo 1:7, que diz: “Porque Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder.”
Como Alguém que temeu a própria morte poderia liderar os vencedores do anticristo, que, “mesmo diante da morte, não amaram a própria vida” (Apocalipse 12:11)?

🕊️ A verdadeira razão do temor
Não, Jesus não era um covarde. Não era simplesmente o fato de morrer que Lhe causava terror, muito menos a dor física que enfrentaria.
Era a separação do Pai que O angustiava.
Ele temia aquilo que Apocalipse 20:14 chama de “a segunda morte”.
Quando bebesse aquele cálice, pela primeira e única vez na eternidade, Ele e o Pai deixariam de estar em perfeita união.
Mas Sua fidelidade era tamanha que, apesar disso, aceitou o sacrifício — não porque nos amasse acima de Deus, mas porque essa era a vontade divina.
Foi nesse sentido que Jesus temeu a morte, e isso deve nos encorajar, pois, mesmo diante da maior angústia, Sua determinação era sempre cumprir a vontade do Pai.
Não há amor maior do que esse! ❤️

💬 Reflexão
1️⃣ Quando você enfrenta angústias ou provações, como reage à vontade de Deus?
2️⃣ O exemplo de Jesus na agonia inspira você a confiar mais na soberania divina?
3️⃣ Como pode fortalecer sua fé para que, mesmo na dor, sua oração seja “seja feita a Tua vontade”?

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