*CRER E DESCRER*
👨👦”Nós não somos filhos ilegítimos. Temos um pai, que é Deus.” (João 8:41)
💬 Um diálogo tenso
O versículo de hoje faz parte de um diálogo nada cordial entre Jesus e alguns homens de seu tempo. Isso é bem estranho, considerando que se tratavam de pessoas “que haviam crido Nele” (v. 31). Por que esse desdém se antes O apreciavam?
📖 O Evangelho da Rejeição
De fato, o Evangelho de João poderia ser chamado de “Evangelho da Rejeição”, pois mostra progressivamente como grupos inteiros perderam a fé Nele e O abandonaram. O que provocou essa mudança?
💔 Apego a valores egoístas
Em primeiro lugar, em virtude do apego a valores egoístas. A Bíblia diz:
“Estando Jesus em Jerusalém, durante a Festa da Páscoa, muitos creram no Seu nome quando viram os sinais que Ele fazia. Mas o próprio Jesus não confiava neles, porque conhecia a todos” (Jo 2:23, 24).
⚔️ Expectativas políticas frustradas
Jesus não correspondeu às expectativas políticas daqueles que queriam vingança mais do que justiça. Para eles, a salvação era vencer os romanos, e não renunciar aos seus pecados. Assim, a natureza franca das palavras de Cristo se tornou uma verdade difícil de digerir.
🗣️ Boatos e desprezo
Por não ter seus caprichos satisfeitos, a audiência trocou as verdades de Cristo por boatos acerca Dele. Segundo a apologia de Orígenes, escrita no 2° século, havia uma acusação recorrente de que Jesus seria o filho bastardo de um soldado romano chamado Pantera, que teria seduzido Maria quando ela estava noiva de José.
Provavelmente, a ironia daqueles que diziam “não somos filhos ilegítimos” era um deboche, dado que conheciam tais rumores. Como se não bastasse a humilhação de Se tornar humano, Cristo enfrentou o desprezo e a indiferença.
🌱 Fé genuína e enraizada
A descrença dessas pessoas mostra o que acontece quando a fé não é genuína. Precisamos estar enraizados e alicerçados em Cristo, como declarou Peter Forsyth:
“A realidade na religião não é algo para se sustentar, mas algo para se viver. […] A ligação entre nós e Cristo é orgânica, e não meramente local. […] É uma fonte que não falhará nem secará. Dela extraímos vida, e esta é um meio pelo qual vivemos. Essa fé não apenas nos sustenta – ela nos carrega, nos alimenta, nos sacia. Não é apenas verdade para nós, mas uma força ao nosso lado.”
(The Principle of Authority: In Relation to Certainty, Sanctity and Society)
🤔 Reflexão final
1. Minha fé está baseada em sentimentos passageiros ou está firmemente alicerçada em Cristo?
2. Como lido com as expectativas frustradas em minha caminhada espiritual?
3. De que maneiras posso cultivar uma fé orgânica que me sustente, alimente e fortaleça dia após dia?